A Couromoda, maior feira de calçados e acessórios de moda das Américas, encerrou hoje (17) sua 40ª edição, em São Paulo, projetando crescimento de 5% nas vendas de calçados para o mercado interno, em 2013. Isso significa cerca de 38 milhões de pares a mais do que os 758 milhões consumidos pelos brasileiros ao longo do ano de 2012.

A projeção tem como base o grande volume de negócios fechados e encaminhados pelas 1.100 empresas expositoras da feira Couromoda, que ocuparam totalmente as instalações do Anhembi, esta semana, apresentando as novas coleções de 3.000 marcas de calçados, bolsas e acessórios de moda.

Durante quatro dias, o evento registrou mais de 80 mil visitas de lojistas, industriais e demais profissionais da cadeia do couro/calçado, correspondendo a 37 mil visitantes únicos de todo o Brasil, além de compradores internacionais de 63 países.

“A maior parte destes negócios refere-se ao mercado interno, que é hoje o motor do consumo para a indústria calçadista brasileira”, destacou Francisco Santos, presidente da Couromoda. Santos diz que estes resultados confirmam que o setor calçadista continua saudável e competitivo no mercado doméstico. “A redução de exportações, no entanto, é uma situação que preocupa, em função das crises europeia e americana, do câmbio ainda defasado e da concorrência desleal asiática.”

Segundo o presidente da Couromoda, o desafio do setor é exportar calçados de maior valor agregado para faixas de consumidores menos afetados pela crise. “Com capacidade de produção de 1 bilhão de pares/ano (hoje produzindo 834 milhões), o setor precisa de soluções na exportação para impulsionar um crescimento mais vigoroso”, concluiu Santos.

Negócios

Empresas de todos os portes, que apostaram na feira como plataforma para vendas e relacionamento não se decepcionaram.

As 78 pequenas e microempresas reunidas no estande coletivo do Rio Grande do Sul, venderam nos três primeiros dias de feira R$ 12,8 milhões em calçados e bolsas, cerca de 10% mais do que na feira do ano passado.

Já a Tricouro, indústria gaúcha que faz bolsas em tricê, com preço de até R$ 900 por modelo, aumentou suas vendas em 50% comparativamente à 2012, segundo informações da diretora Daiane Schulenburg.

Marcas consolidadas como a Arezzo, por exemplo, não revelam o volume de negócios fechados, mas garantem que a feira traz resultados efetivos. “A história da nossa companhia é um exemplo vivo de como esta feira influencia e impulsiona o desenvolvimento do setor de calçados no Brasil”, disse Anderson Birman, presidente da holding Arezzo&Co. “Nascemos na Couromoda, participamos de todas as 40 edições e se hoje somos uma história de sucesso, devemos isso também à visibilidade e aos contatos com compradores que a feira nos proporcionou”.

Confecções

Já a feira São Paulo Prêt-à-Porter, evento do Grupo Couromoda dedicado ao setor de confecções, que aconteceu na mesma semana, no Expo Center Norte, também registrou bom retorno de vendas para seus expositores. A terceira edição do evento recebeu 22 mil visitas profissionais, com 12 mil visitantes únicos, de mais de 10 países.

A marca Cholet, de Fortaleza, vendeu 18 mil peças em sua primeira participação na feira. “Nosso foco era abrir novos clientes no interior de São Paulo e fizemos mais de 60 contatos muito promissores nesta região, além de atender também compradores do Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, disse a gerente comercial Miriam Pires.

Já a marca gaúcha Ton Agê, expositora desde a primeira edição, aumentou suas vendas em 50%. Tivemos uma visitação muito ampla, desde lojistas da região Nordeste, até compradores de Paris e Mônaco, o que foi excelente”, disse a proprietária da marca, Lais Tarasconi.

fonte: Couromoda