O grupo temático criado pela Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, para analisar o PacoTarso 2, concluiu um levantamento que aponta as perdas reais que os servidores terão com o aumento da alíquota da previdência proposta pelo Executivo. Ao contrário do que parece à primeira vista, a elevação de 11% para 13,25%, sugerida pelo governo Tarso, representa um reajuste de 20,5% no valor da contribuição previdenciária paga atualmente pelo funcionalismo. 

A assessoria técnica tucana utilizou como exemplo o servidor que se enquadra na faixa de isenção do Imposto de Renda, por receber até R$ 1.637,11 ao mês. Com a alíquota atual (11%), o desconto fica em R$ 180,08, somado ao R$ 50,75 (ou 3,1%) do IPE Saúde. No total, ele recebe R$ 1.406,28, líquido. 

Caso a proposta do governo Tarso (13,25%) seja aprovada no Parlamento, o mesmo servidor será descontado em R$ 216,92, mais R$ 50,75 do plano de saúde. Ou seja, equivale a 20,5% do que o funcionário paga hoje. Líquido, ele receberá apenas R$ 1.369,44. 

Como os próprios integrantes da cúpula do governo petista já adiantaram, o aumento não revolverá o problema estrutural da previdência do Estado. Por essa razão, os tucanos não encontram justificativas para concordar com a proposta. 

De acordo com a Bancada do PSDB, está claro que a intenção do Palácio Piratini é formar caixa para investir em ações paliativas. Em outras palavras, o governador Tarso Genro está tentando passar a conta dos investimentos para os servidores estaduais.

fonte: Bancada do PSDB na AL