Dentro de duas semanas a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa vai ouvir as famílias das vítimas da tragédia com o time de futebol da Chapecoense. A reunião ainda não tem data definida, mas o objetivo é dar suporte às famílias, que reclamam das incertezas quanto ao amparo, assistência e indenizações. No Rio Grande do Sul, a tragédia deixou nove famílias enlutadas.

O deputado estadual Lucas Redecker, que é membro titular da Comissão, disse que quer participar da reunião e compartilhar a experiência pessoal que vivenciou por ocasião da morte do seu pai, o ex-deputado federal Júlio Redecker, que estava entre as 199 vítimas do voo JJ 3054 da TAM, que caiu em Congonhas no dia 17 de julho de 2007. O deputado sugeriu ouvir as famílias num primeiro momento e depois, quem sabe, estender o debate junto ao Parlamento catarinense, uma vez que a tragédia causou uma comoção mundial. “Em muitos casos, talvez, esta era a única renda que a família tinha. É preciso uma cautela muito grande nesse período para que as famílias não fiquem aguardando um dinheiro que pode não chegar”, alertou.

O tema foi levantado na reunião ordinária da comissão pelo deputado Álvaro Boessio (PMDB), que afirmou ter sido procurado pelo pai do fisioterapeuta do clube, que estava entre as vítimas, e pediu auxílio na solução do drama. De acordo com ele, a atenção dada para os “anônimos” não tem sido a mesma do que outros funcionários do time. “Fui procurado por alguns familiares que trouxeram a mesma indignação: até o momento, muitos deles não receberam qualquer assistência por parte do clube, e ainda aguardam por informações quanto a indenizações, por exemplo”, disse ele.