O líder da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Lucas Redecker, voltou a criticar na tribuna que a meritocracia ficou relegada a segundo plano no projeto de lei 448/2011, que modifica a promoção dos oficiais da Brigada Militar. Para Redecker, o projeto de lei promove o apadrinhamento político e a valorização de critérios subjetivos, em detrimento à formação profissional dos oficiais. “O que é subjetividade? Quem é o avaliador? A quem interessa esse projeto e quem são os promovidos?”, questionou. “Serão necessários 12 mestrados para chegar aos 18 pontos de subjetividade propostos pelo governo”, complementou. 

O parlamentar também voltou a pedir a retirada do regime de urgência do projeto de lei, cuja prática repete a metodologia empregada pelo governador Tarso Genro que, em 2011, apresentou 75% dos projetos de lei em regime de urgência na AL. Redecker citou também um dos inúmeros e-mails que a Bancada do PSDB recebeu e que critica “o governo, que jogou pelos ares a meritocracia na avaliação dos oficiais”. Para Redecker, a Brigada Militar precisa ser administrada por quem de fato integra a corporação e ficar longe dos interesses de governo e partidos políticos. “Não vamos calar nosso posicionamento aquilo que achamos que é injusto para o Rio Grande e que, mais uma vez, está sendo empurrado goela abaixo dos gaúchos”, concluiu. 

Depois de mais de duas horas de discussão, o projeto de lei foi aprovado com 28 votos favoráveis. A oposição se retirou do plenário na tentativa de tirar o quórum da votação, mas mesmo assim a matéria foi aprovada.