Para BNDES e Sebrae é preciso criar mecanismos de incentivo às exportações brasileiras, aumentando a participação das pequenas empresas

reformatributariaO presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, propuseram nesta sexta-feira (5), em São Paulo, uma reforma tributária que comece por eliminar alguns gargalos que prejudicam as exportações brasileiras.

Coutinho defendeu, durante reunião com empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI), uma política mais forte de apoio às exportações como forma de enfrentar o aumento do déficit em conta-corrente. “As importações estão explodindo e precisamos cuidar de enfatizar a política de exportação e inovação no País. Devemos pensar em um binômio exportação-inovação e em um aperfeiçoamento do sistema de financiamento à exportação, passando pela retomada da agenda de desoneração da exportação.”

Atualmente as pequenas empresas são responsáveis apenas por 1% das exportações brasileiras, afirmou o ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Para o diretor Carlos Alberto dos Santos, é preciso focar nos gargalos da economia brasileira. Ele defende a desoneração das exportações como forma de incentivar às empresas a exportarem, principalmente os pequenos negócios. O Sebrae vem investindo em projetos de inovação para qualificar os pequenos empreendimentos a buscar mercados internacionais.

Um desses instrumentos é o programa Sebrae Mais Para Empresas Avançadas, voltado para a pequena empresa que já tenha suprido sua necessidade de instrumentos básicos de administração nas principais áreas, que tenha mais de dois anos de funcionamento e acima de 10 funcionários. Nele, o empresário poderá ter acesso ao módulo de internacionalização, com ferramentas que o ajudam a entrar no mercado externo.

O ex-ministro Furlan se disse preocupado com o enfraquecimento das exportações e com a mudança estrutural do comércio exterior brasileiro. “Tínhamos um comércio forte com os Estados Unidos e Europa. Hoje 50% das nossas exportações vão para a Ásia e apenas 10% para os Estados Unidos. É auspicioso expandir para novos mercados, mas é preocupante a perda de mercados fortes.”

Fonte: Agência Sebrae