O secretário de Minas e Energia Lucas Redecker esteve no município de Minas do Leão esta semana, onde visitou a usina da Biotérmica Energia, que gera eletricidade a partir do lixo. O investimento é da ordem de R$ 30 milhões e vai produzir até 15 megawatts (MW) de energia, suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 80 mil habitantes. Inicialmente, a produção será de 8,5 MW, sendo que 6,5 MW foram comercializados em leilão. O restante será vendido no mercado livre.

O aterro é controlado pelas empresas Solví e Copelmi e é um dos primeiros no país a obter créditos de carbono com a queima do metano no sistema de chama conhecido como flare, liberando assim CO2, muito menos poluente que o metano. A usina funciona da seguinte maneira: as turbinas são movidas pelo metano existente no biogás. Esse gás é captado no aterro do município, gerado a partir das 3,5 mil toneladas de lixo urbano de Porto Alegre e outras 130 cidades que chegam até o local diariamente. Esta é a primeira térmica a partir de gás gerado em aterro sanitário no Estado.

Redecker cumprimentou a direção da empresa pela iniciativa, dizendo que o lixo sempre foi visto como um problema e agora revela-se como uma excelente oportunidade para gerar energia. O secretário ainda manifestou o desejo que outros empreendimentos dessa natureza venham a se instalar no RS.