Uma delegação de mais de 30 pessoas dos municípios de São Sebastião do Caí e São José do Hortêncio esteve na Assembleia Legislativa, na tarde desta quarta-feira (14), em busca de apoio para a retomada das obras da VRS-874. Acompanhado dos deputados Lucas Redecker e Álvaro Boéssio, o grupo foi recebido pelo presidente da Casa, deputado Alexandre Postal. 

Postal disse que conhece bem a estrada, dos tempos em que era secretário dos Transportes do Estado. “A estrada estava tão esburacada que não foi possível fazer nenhuma obra antes de arrumar tudo o que estava estragado”, relembrou. Postal também cumprimentou a comitiva pela iniciativa e afirmou que a mobilização e a pressão são as melhores ferramentas que a comunidade dispõe para fazer com que a obra saia do papel. 

Na tribuna, o deputado estadual Lucas Redecker disse que há previsão no Orçamento de 2013 de R$ 3,9 milhões para a pavimentação de 4,64 quilômetros, do total de 13. Seria uma boa notícia, se a demanda não estivesse no orçamento desde 2009, e mesmo assim não saiu do papel. “O que essas pessoas que estão aqui querem entender é porque não sai do papel uma obra que está no orçamento nos últimos anos. A comunidade está aguardando que o governo comece e termine esta obra” enfatizou Redecker. O parlamentar também levantou dúvidas quanto a denominação da rodovia, que ora é chamada pelo governo de VRS-874 ora de VRS-844. “Até isso está confuso e precisamos resolver”, disse. 

Uma reunião com o secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, está agendada para o dia 22 de novembro, às 16 horas. 

Participaram da comitiva, além de moradores dos dois municípios, o prefeito de São Sebastião do Caí, Darci José Lauermann; o prefeito de São José do Hortêncio, Clóvis Luiz Schaeffer; os vereadores Ilson Heck, Sônia Rodrigues, Valdir Dill e Elson Lopes. 

Descaso e poeira  

No plenário da Assembleia Legislativa, enquanto os deputados se manifestavam, a comitiva exibia faixa com os dizeres”Tarso honra os teus votos. Queremos asfalto já”. Eles reclamam da poeira, do atraso no desenvolvimento, mas também do descaso do governo com o desejo da comunidade. Um dos manifestantes se disse surpreso com a resposta que recebeu do governo federal, recentemente, onde consta que a obra estaria concluída e paga desde 1993. 

Na segunda-feira, manifestantes interromperam durante todo o dia o fluxo de veículos em trecho da estrada, como forma de chamar a atenção do governo. Ontem, o Daer manifestou-se sobre o ocorrido, dizendo que a empresa responsável está em tratativas com a Fepam para a liberação de pedreiras. “Como este impasse ainda não foi definido, não temos como especificar a data de início ou término das obras”, informou a nota do Daer.