Diante das graves acusações que pesam contra o senador Aécio Neves, os deputados que integram a Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa gaúcha protocolaram, nesta quinta-feira (18), junto ao Diretório Nacional, ofício solicitando o afastamento do tucano da presidência do partido. O líder da bancada, deputado Lucas Redecker, enfatizou que o assunto envolvendo o afastamento de Aécio do comando partidário nacional estava sendo debatido pelos parlamentares há semanas.

A pauta foi proposta pelo vice-líder da bancada, deputado Pedro Pereira, após divulgação da lista de nomes de políticos com foro privilegiado, autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Facchin, para serem investigados pela Operação Lava Jato. Para Pereira, todos os envolvidos em irregularidades, independentemente de partido político, devem ser investigados e, se necessário, punidos. “Nós não temos corruptos de estimação. Quem cometeu irregularidades deve responder à justiça e devolver os recursos desviados. Ao partido resta também expulsar todos que, eventualmente, forem condenados”, afirmou.

No documento, os deputados estaduais do PSDB defendem o afastamento do presidente nacional do partido, por estar sendo investigado a partir de denúncias em exame no STF, assim como demais membros do diretório nacional que estejam na mesma situação. Os parlamentares tucanos ressaltaram que o afastamento de todos os investigados servirá para os envolvidos dedicarem atenção total ao direito de ampla defesa, no intuito de dar satisfação à opinião pública.

O líder da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Lucas Redecker, disse em se confirmando as denúncias contra o presidente Michel Temer, o mesmo não tem mais condições morais de permanecer no cargo. Com relação as denúncias que afetam o senador Aécio Neves, Redecker afirmou que o partido vem debatendo internamente o assunto há dias e que é consenso que ele deve se afastar do mandato e do comando do partido em face das denúncias em torno do nome dele. “Acabamos sendo atingidos de forma coletiva, pois fizemos parte do partido. O meu sobrenome é o patrimônio que o meu pai me deixou, mas há pessoas que não se preocupam com isso. Espero que todos os envolvidos sejam punidos para moralizar a política e mostrar para as pessoas que não desacreditem da política e que o país tem jeito”, afirmou o deputado.