O SR. LUCAS REDECKER (PSDB) – Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:

De maneira muito especial, quero cumprimentar meus conterrâneos que aqui estão, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Otávio Rosa. Sou de Novo Hamburgo e nasci no Bairro Ideal, de forma que, quando ia ao centro, passava sempre perto da escola. Fico feliz que os alunos do 5º ano estejam aqui, visitando o nosso Parlamento.

É neste lugar que ocorrem os debates do Estado do Rio Grande do Sul. As diferenças de opinião são discutidas aqui para que se possa chegar, evidentemente, num ponto em comum. Muitas vezes, a gente perde; em outras, a gente ganha. Mas que possamos ter um resultado prático para o desenvolvimento do Estado.

Quando se trata do desenvolvimento do Rio Grande do Sul, este Parlamento, muitas vezes, é protagonista nos debates, evidentemente, sobre as grandes necessidades e o futuro do Estado. E as pessoas esperam que nós, parlamentares, tanto municipais como estaduais ou federais, tenhamos a sensibilidade e a condição de dever cumprido com relação à sociedade. Pois as pessoas, na ponta, esperam eleger aqueles que trabalhem por elas.

Quero, nesta tarde, com muita alegria, registrar que saiu a lista do DIAP do Congresso Nacional com os parlamentares mais influentes do Brasil, e a mulher mais influente do Parlamento brasileiro é a senadora Ana Amélia Lemos. Não é do meu partido, mas acredito que, quando os parlamentares são bons, quando as pessoas fazem um bom trabalho, temos de reconhecer. A senadora Ana Amélia Lemos, que entrava nas nossas casas fazendo o seu comentário pela televisão, elegeu-se e mostrou no Congresso Nacional que é uma pessoa de muito trabalho, uma pessoa muito comprometida, que representa muito bem o Estado do Rio Grande do Sul.

Admira-me muito que ela, num curto espaço de tempo, tenha superado senadores de muitos mandatos, de longos anos, com o seu trabalho de dois anos e meio, e conseguido ser a mulher mais influente do Congresso Nacional.

Da mesma forma, existem parlamentares de diversos partidos que fazem um bom trabalho, como o senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, e o deputado Arlindo Chinaglia, do PT, um grande amigo meu. Com isso, deputado Aloísio Classmann, que está há cinco mandatos nesta Casa, resumo: em todos os partidos políticos há pessoas boas e pessoas não tão boas. Temos de fazer, deputado Frederico Antunes, a boa política, buscar as boas ideias, sendo da oposição ou da situação, e colocar em primeiro lugar o debate das necessidades do Estado do Rio Grande do Sul, para que possamos evoluir.

A ideia de que, quando somos oposição, quanto pior melhor está superada. Fazemos oposição neste Parlamento, nobres colegas, a ideias com as quais não concordamos, não fazemos oposição ao Estado do Rio Grande do Sul. O Estado necessita da força de todos os partidos políticos puxando para o mesmo lado, sem tentar derrubar A ou B, mas trabalhando em conjunto a fim de conquistar vitórias para a sociedade, como é o caso da RS-10, que desafogará o trânsito da BR-116.

Tenho certeza de que os alunos que aqui estão, quando saíram de Novo Hamburgo, se preocuparam com o trânsito, que horas sairiam de Novo Hamburgo, que horas chegariam em Porto Alegre, porque não se tem mais horário. Perco em média três horas por dia para vir a Porto Alegre, duas horas pela manhã, trancado no trânsito, e uma hora de tarde para voltar a Novo Hamburgo.

Até hoje não tivemos a licitação da ERS-010. A 448 está com apontamento do Tribunal de Contas da União por superfaturamento.

De quantos anos necessitaremos ainda, nobres colegas, para que essas obras saiam do papel e sejam transformadas em realidade para benefício da população, a fim de que não precise se organizar para perder duas ou três horas trancada no trânsito. Quando chove um pouco mais, o que já é frequente, há carros boiando na BR-116.

No caso da 448, com os diques que foram feitos, a água invade até o Parque Assis Brasil. Isso não acontecia anteriormente. Falta, portanto, planejamento.

É preciso que os nossos governos não planejem para hoje, mas para os próximos 20 anos, a fim de que a gurizada que está aqui hoje não tenha as necessidades que temos hoje.

As obras inauguradas hoje são obras tardias, que já deveriam ter sido feitas há 20 anos.

É uma obrigação pensar para frente, pensar no futuro do Rio Grande. Muito obrigado. (Não revisado pelo orador.)