O SR. LUCAS REDECKER (PSDB) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:

Em primeiro lugar, quero dizer que é um prazer imenso subir pela primeira vez a esta tribuna.

Como um dos deputados iniciantes nesta Casa, com uma trajetória política longa por ter concorrido diversas vezes e, ao mesmo tempo, curta por estar em meu primeiro mandato, não posso deixar de agradecer, em primeiro lugar, a todos os eleitores e amigos que me ajudaram a trilhar o caminho até esta Casa e, principalmente, a uma pessoa que não está mais aqui e que muito me ajudou, o meu pai, deputado federal Júlio Redecker. Ele ensinou-me a como encaminhar minha vida e legou-me a linha política que resolvi trilhar. Meu pai serviu de exemplo para mim e para diversas pessoas que acompanharam sua trajetória política e seu trabalho, sempre voltado às questões éticas e fundamentais em relação ao desenvolvimento do nosso Estado e principalmente às classes menos favorecidas.

Aprendi a política feita de maneira séria, correta, olho no olho, cara na cara, sem mentiras e tenho orgulho de poder exercê-la.

Neste Parlamento, eu, como um dos 55 representantes, tenho a consciência e a convicção de que nossas decisões não são transferíveis, não podem ser transferidas por procuração, porque fomos colocados aqui, concorrendo com muitos outros candidatos, pelo voto democrático e popular para representar cada um dos eleitores deste Estado.

Sabemos que as andanças políticas para se chegar até aqui não são fáceis. Muitas vezes tropeçamos, tantas levantamos e continuamos lutando para representar as pessoas, as causas e as necessidades que julgamos mais justas para que o Estado tenha um desenvolvimento pleno.

Como um deputado do PSDB, da oposição, digo com toda a tranquilidade e a certeza: não faremos oposição ao Estado; faremos oposição muitas vezes a questões com as quais não concordamos nos projetos de governo. Colocaremos o Estado do Rio Grande do Sul e a população gaúcha em primeiro lugar.

Hoje, as principais páginas dos jornais estampam que o governo federal cortou 50 bilhões de reais em gastos. Esse é o resultado de uma eleição muito debatida e muito bem construída pelo governo anterior, que está pagando a conta com o corte da venda das ideias e dos projetos do PAC, do qual temos apenas 20% das obras realizadas neste Estado.

O Sr. Giovani Feltes (PMDB) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento do orador)

Somos da mesma região, deputado, e quero parabenizá-lo e registrar aqui que V. Exa. é fruto da família de um político tradicional deste Estado que lamentavelmente não está mais em nosso convívio, Júlio Redecker, que foi deputado federal com grande atuação.

Parabéns por estar nesta Casa. Não tenho a menor dúvida de que sua mãe, dona Salete, suas irmãs, o Júlio com certeza, todos seus familiares, seus eleitores, bem como os eleitores de seu pai, devem estar orgulhosos por vê-lo ocupando essa tribuna.

Para mim, ser seu colega, disputar o mesmo eleitorado com V. Exa. da forma leal como temos feito, sempre é um privilégio e um prazer. Que bom que a juventude aqui esteja, ainda mais com essa competência e esse saber.

Sucesso!

O SR. LUCAS REDECKER (PSDB) – Obrigado, deputado Giovani Feltes, meu colega na Assembleia e de região.

Falava, deputado Giovani Feltes – tenho certeza que comungamos ideias parecidas –, que aqui está a conta do governo federal. E nós começamos a pensar a que está se encaminhando. A Dilma disse que havia dinheiro e corta. O Tarso disse que tinha de cortar e gasta.

Aumentaram o salário de 518 CCs, aumentaram o número de secretarias, agora enviam projetos para a Assembleia, por terem a maioria, aumentando mais de 200 CCs e dizem que temos um déficit de 150 milhões de reais, o que representa 0,4% do orçamento deste Estado.

Quero deixar no ar a pergunta: É irresponsabilidade ou incompetência dizer que temos de cortar gastos e gastar muito mais? Muito obrigado. (Não revisado pelo orador.)