O Grupo de Trabalho de Energia Eólica (GT Eólica) foi reativado nesta quinta-feira (10), pela Secretaria de Minas e Energia. A reunião inaugural contou com a presença da presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Silva Gannoum.

O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, explicou que, apesar do RS ser o primeiro do país em potencial e o segundo em capacidade instalada, há muitos desafios que o setor precisa superar. “Mesmo com o potencial e a capacidade que o Rio Grande do Sul tem nessa área, está claro que há muitas dificuldades. Por isso, achamos por bem dar continuidade ao trabalho do grupo, para ampliarmos o debate e, acima de tudo, trazermos proposições para sanar esses desafios”, afirmou.

Redecker ainda destacou a importância do zoneamento, que está pronto e disponível para investidores, bem como informou que semanalmente a secretaria tem reuniões com a Secretaria do Meio Ambiente para debater as demandas, o que resultou no desconto entre 50 e 70% das licenças ambientais para empreendimento dessa natureza. “Avançamos, mas ainda há muito por fazer”, afirmou.

O coordenador do GT Eólica, Eberson Silveira, foi na linha de Redecker. “Poderíamos estar num outro patamar e é por isso que estamos aqui, para fazer com que as coisas aconteçam e tornar novamente atrativo o RS, tanto no cenário nacional como internacional de energia eólica”.

Já a presidente da ABEEólica, Elbia Silva Gannoum, afirmou que em recente chamamento dos estados para debater os desafios do setor, o Rio Grande do Sul foi o primeiro a se manifestar. Afirmou ainda que a cadeia produtiva está percebendo os efeitos da crise econômica. “Começamos a perceber a crise, principalmente na área de financiamentos”, disse ela. Quanto ao desempenho do país na produção de energia a partir do vento, Elbia informou que o Brasil é o quarto que mais aumentou a sua capacidade instalada, assim como figura no ranking internacional entre os “top 10” maiores produtores de energia eólica. Ela ainda informou que o Brasil é o segundo país no mundo mais atrativo para energias renováveis. “Temos um dos melhores ventos do mundo para a produção eólica”, afirmou.

O representante do Sindicato das Empresas de Energia Eólica (Sindieólica RS), diretor Guilherme Sari, falou do mercado de energia eólica no Estado. Conforme ele, o RS tem R$ 8 bilhões de energia já contratados, e que o cenário só não é melhor em virtude dos desafios e dificuldades que enfrenta em relação às licenças ambientais. Ele, porém, se mostrou otimista em relação ao futuro. “Tenho expectativa que no próximo leilão A-5 o desempenho do RS melhore”, declarou.

O presidente da Frente Parlamentar da Energia Eólica, deputado Frederico Antunes, também esteve presente. O parlamentar destacou a importância da redução do custo das licenças ambientais para o setor. “As taxas cobradas em outros Estados ainda são menores do que as praticadas no Rio Grande do Sul, porém agora já não estamos tão distantes. Hoje sabemos que as maiores chances de desenvolvimento real da economia dos municípios, estão nos empreendimentos de energia, que podem aumentar em até 70% a arrecadação de ICMS”, afirmou.